Este ano a P&G reuniu 100 dos seus diretores de marketing e fez um concurso onde cada equipe deveria vender camisetas da marca Tide, e os lucros seriam revertidos para ações sociais. Até aqui nada demais. A grande sacada foi que os executivos só poderiam utilizar as mídias sociais para vender as camisetas. Junto com os diretores, também foram chamados executivos do Google, Facebook e MySpace. Independente do resultado de vendas, esta ação é emblemática. O fato da P&G estar preocupada com o impacto das mídias sociais a ponto de parar 100 dos seus maiores executivos de marketing nos EUA mostra que este assunto realmente está na pauta das grandes empresas.
Aqui no Brasil ainda não vi tamanho engajamento partindo de grandes empresas (com algumas exceções). O que vemos hoje são pequenos empresários e empreendedores mais jovens, habituados com a nova lógica das redes sociais, obtendo resultados muito interessantes. Algumas das grandes empresas ainda estão "optando" se vão utilizar ou não as redes sociais em suas estratégias. Este raciocínio é, no mínimo, curioso, uma vez que não existe a possibilidade de ligar ou desligar a influência das redes na opinião dos consumidores e amigos dos consumidores. Mesmo que a empresa decida não trabalhar com isso de maneira estruturada, as pessoas ainda continuarão a criar comunidades a respeito dela no Orkut ou colocar reclamações no site ReclameAqui. Na verdade, a pergunta é: "como lidar com as mídias sociais da melhor forma possível?".
Creio que veremos cada vez mais iniciativas como as da P&G, onde o objetivo não será ensinar novas ferramentas, mas mostrar para os executivos de marketing uma nova forma de raciocinar. Uma nova forma de pensar em mídia, de escutar o mercado e entender que as barreiras corporativas, como antes eram conhecidas, estão ficando cada vez mais tênues. Quem perceber isto antes, já larga com vantagem.
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