Ainda existem gestores subestimando o poder das redes sociais na construção das marcas. Temos acesso a cada vez mais casos onde ferramentas como o Orkut, Facebook e Twitter impactaram decisivamente a opinião popular. Por outro lado, também existem empresas que simplificam os conceitos, acreditando que basta apenas ter um blog corporativo, por exemplo. Em pesquisa recente da Forrester, boa parte dos usuários mencionaram que gostariam de se relacionar com suas marcas favoritas nas redes sociais, mas Blogs pontuaram com apenas 12% das preferências. Uau, blogs já estão ultrapassados? Na verdade, o ângulo está completamente errado. Não se trata de escolher a "melhor ferramenta", mas entender quais objetivos corporativos devem ser abordados e priorizados.
Qualquer ação, online e offline, inicia pelo estabelecimento dos objetivos. Quem quiser aprofundar o assunto, aconselho o livro Groundswell. Os autores estabelecem categorias de objetivos que podem ser estabelecidos nas estratégias de redes sociais, como Ouvir, Falar, Energizar, Suportar, Envolver (embracing) e Gerenciar (anualmente são dados prêmios a cada uma das categorias). Uma empresa pode querer apenas saber como sua marca está se comportando na web (Ouvir), enquanto outra pode querer envolver pessoas em torno de uma causa (Energizar), por exemplo. A partir do que se deseja obter, planeja-se, entendendo onde os usuários estão. Se o seu público não estiver no Facebook, não adianta investir tempo. Vá onde o publico estiver.
No que diz respeito aos usuários, é fundamental esquecer o mantra do "se você construir eles virão". Nem todos gostam ou se dispõem a colaborar. Existem níveis de participação, onde alguns usuários vão apenas ler os conteúdos (e, muitas vezes, isto é OK!), por exemplo. A equipe do livro criou uma escada (abaixo) que classifica os usuários de acordo com o grau de utilização das tecnologias sociais. A partir da escada, podemos entender melhor as formas de interação e estratégias junto a cada um dos públicos.
Temos muito a evoluir em termos de planejamento e execução de estratégias em redes sociais, mas já existem diversas lições aprendidas e gente que realmente está estudando o assunto a fundo. Acredito que, nos próximos anos, veremos cada vez mais estes conceitos mesclando-se ao marketing tradicional. Com a Internet aumentando a penetração na população ano após ano, esta é uma decorrência natural. Aguardo novos cases e teorias sobre o assunto, na certeza de que aqueles que investirem hoje, colherão os frutos mais para frente.
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