sexta-feira, 22 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Twitter eleva em 15% vendas de pizzaria

(Segue matéria publicada na revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, em que fui entrevistado)

Depois da padaria britânica que avisa aos clientes pelo Twitter quando a fornada de pão está pronta, uma pizzaria de New Orleans também resolveu usar o microblog para atrair consumidores. A Naked Pizza lançou recentemente uma promoção e, ao invés de apostar apenas nos meios de comunicação tradicionais, divulgou a novidade na rede social. A iniciativa deu certo e Jeff Leach, sócio do empreendimento, conseguiu, em um único dia, aumentar as vendas em 15%.

A página da pizzaria no Twitter 'A cada ligação recebida, perguntávamos ao cliente como ele foi informado do desconto (por flyers, e-mail ou pelo microblog) e grande parte nos disse que soube pelo Twitter. O alcance da ferramenta é muito grande', diz. Animado com os resultados, Leach pretende, nos próximos meses, cadastrar os 5 mil seguidores que têm New Orleans como cidade natal no Twitter.

Pedro Waengertner, professor de comunicação interativa da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), afirma que utilizar o Twitter é uma estratégia de marketing interessante porque não tem custos e traz resultados imediatos, devido à rapidez com que as mensagens se espalham.

'As empresas podem aproveitar esse imediatismo para fazer ofertas, desovar estoques e saber a opinião dos consumidores sobre determinado produto. Porém, é preciso tomar cuidado na hora de selecionar o conteúdo enviado e escolher o público-alvo. Não adianta nada ter um número grande de seguidores se eles não vão ler as mensagens e nem se interessar pelas promoções.

'Waengertner diz que a tendência de fazer marketing pelo Twitter já chegou ao Brasil. 'Pequenas empresas mais antenadas têm se espelhado nos exemplos internacionais e começam a aderir à ferramente, embora o movimento ainda seja incipiente.'

domingo, 3 de maio de 2009

Monitorando a marca online

Ainda existem gestores subestimando o poder das redes sociais na construção das marcas. Temos acesso a cada vez mais casos onde ferramentas como o Orkut, Facebook e Twitter impactaram decisivamente a opinião popular. Por outro lado, também existem empresas que simplificam os conceitos, acreditando que basta apenas ter um blog corporativo, por exemplo. Em pesquisa recente da Forrester, boa parte dos usuários mencionaram que gostariam de se relacionar com suas marcas favoritas nas redes sociais, mas Blogs pontuaram com apenas 12% das preferências. Uau, blogs já estão ultrapassados? Na verdade, o ângulo está completamente errado. Não se trata de escolher a "melhor ferramenta", mas entender quais objetivos corporativos devem ser abordados e priorizados.


Qualquer ação, online e offline, inicia pelo estabelecimento dos objetivos. Quem quiser aprofundar o assunto, aconselho o livro Groundswell. Os autores estabelecem categorias de objetivos que podem ser estabelecidos nas estratégias de redes sociais, como Ouvir, Falar, Energizar, Suportar, Envolver (embracing) e Gerenciar (anualmente são dados prêmios a cada uma das categorias). Uma empresa pode querer apenas saber como sua marca está se comportando na web (Ouvir), enquanto outra pode querer envolver pessoas em torno de uma causa (Energizar), por exemplo. A partir do que se deseja obter, planeja-se, entendendo onde os usuários estão. Se o seu público não estiver no Facebook, não adianta investir tempo. Vá onde o publico estiver.


No que diz respeito aos usuários, é fundamental esquecer o mantra do "se você construir eles virão". Nem todos gostam ou se dispõem a colaborar. Existem níveis de participação, onde alguns usuários vão apenas ler os conteúdos (e, muitas vezes, isto é OK!), por exemplo. A equipe do livro criou uma escada (abaixo) que classifica os usuários de acordo com o grau de utilização das tecnologias sociais. A partir da escada, podemos entender melhor as formas de interação e estratégias junto a cada um dos públicos.


Temos muito a evoluir em termos de planejamento e execução de estratégias em redes sociais, mas já existem diversas lições aprendidas e gente que realmente está estudando o assunto a fundo. Acredito que, nos próximos anos, veremos cada vez mais estes conceitos mesclando-se ao marketing tradicional. Com a Internet aumentando a penetração na população ano após ano, esta é uma decorrência natural. Aguardo novos cases e teorias sobre o assunto, na certeza de que aqueles que investirem hoje, colherão os frutos mais para frente.

Carreira em e-Commerce: poucos investindo em mercado comprador

Escrevi o pequeno artigo abaixo para o Diário de São Paulo, em Emprego & Talento. O texto é voltado ao mercado em geral, não especializado, mas acho que vale a pena mencionar aqui no Blog. Ao mesmo tempo, pesquisa da FIA aponta e-Commerce/MKT Digital como uma das carreiras mais relevantes da próxima década. Are you doing your homework?

Segue Artigo:

Carreira em e-Commerce: poucos investindo em mercado comprador

Em tempos de crise é inevitável ouvirmos opiniões pessimistas em relação ao mercado de trabalho e nas alternativas de carreira em geral. No mundo todo observamos demissões em massa e nos perguntamos se existem ainda oportunidades. Paradoxalmente ainda passamos pelo mesmo apagão de talentos de antes da crise e podemos constatar mercados ainda muito carentes de profissionais qualificados.

O comércio eletrônico é, sem dúvida, um deles. Enquanto falamos de redução das vendas no Brasil e no mundo, o varejo online cresceu 30% em 2008 e projeta aumento entre 20% e 25% para 2009 no mercado nacional. Além de grandes varejistas como as Casas Bahia entrando no mercado, onde a classe C representou 42% do total, temos pequenas e médias operações inovando e levando o e-Commerce brasileiro a outros patamares.

Os profissionais que conduzem estas operações, na sua maioria, aprenderam a gerenciar os aspectos envolvendo o comércio eletrônico sozinhos, lidando com conceitos absolutamente novos para um varejista tradicional. Atualmente todas as grandes operações sofrem do mesmo problema: falta de profissionais qualificados no mercado. Isto faz com que busquem profissionais na concorrência ou os formem dentro de casa.

Esta situação traz oportunidades únicas aos profissionais que se dispuserem a investir seu tempo e dedicação. Devido às suas características, o e-commerce exige profissionais extremamente dinâmicos e flexíveis. Existem oportunidades em áreas tão diferentes quanto marketing, logística e tecnologia. Cada uma delas com características específicas e carentes de profissionais.

Marketing, por exemplo, é uma das áreas que mais sente a falta de talentos. O comércio eletrônico utiliza a web como sua principal ferramenta de trabalho. Os profissionais que decidirem investir precisam de conhecimentos específicos em, entre outras coisas, marketing online, banco de dados e estatística, instrumentalizando-os para tomar decisões rápidas e fundamentadas na busca de novas vendas e clientes. Conceitos como SEO (Search Engine Optimization), que prepararam o site para ser buscado pelas ferramentas de busca ou usabilidade, que diz respeito à facilidade de uso do site, passam a virar jargão do dia a dia para quem trabalha na área.

Quem quiser buscar esta opção de carreira deve estar apto a estudar bastante. A web é uma excelente fonte de informação. Além disso, existem cursos específicos para cada uma das competências necessárias. Tenho certeza que os desbravadores não se arrependerão.