domingo, 20 de setembro de 2009

Sua empresa já tem política para redes sociais?

Em conversas com profissionais de marketing, já fui questionado várias vezes sobre a necessidade de estabelecer uma política para atuação em redes sociais. Várias empresas restringem o uso das redes sociais a seus colaboradores (não entrarei no mérito, pois isto dá um post inteiro). A maioria ainda não faz ações estruturadas de monitoramento ou intervenção nas redes. Entrentanto, nenhum dos dois itens anteriores faz com que estabelecer uma política seja menos relevante.

Lembre-se que as pessoas vão para casa no final do dia e várias delas usam as redes para interagir com amigos e outros profissionais do mercado. Imagine a situação de uma empresa cujo profissional é especializado em determinada área, mas nas redes sociais começa a emitir opiniões (muitas vezes sem embasamento) em outra, que diz respeito à empresa. Este profissional pode ser facilmente associado a sua empresa, que está indiretamente sendo afetada pelo incidente. Agora imagine se este funcionário começa a emitir opiniões que dizem respeito à sua área de atuação, colocando informações sigilosas na web. Se pararmos para pensar, são inúmeras as possibilidades de danos à imagem e marca das empresas por atuações de profissionais sem orientação.


A definição de uma política de atuação ajuda, em parte, a reduzir este risco. Digo "em parte" porque somente criar um documento não resolve. É preciso fazer as informações chegarem realmente até os colaboradores. Falamos até agora apenas de riscos, mas também existem oportunidades. Uma equipe orientada pode ajudar a empresa a monitorar as redes e contribuir com intervenções direcionadas. Tudo isso com o aval oficial da companhia. É a velocidade do mercado tirando os gestores de sua zona de conforto. E só vai ficar mais intenso daqui para frente...


Se você está pensando em criar a política, veja exemplos de mais de 80 empresas, na web.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Futuro é Digital

Muitas vezes, conversando com alunos em sala de aula, ou com profissionais do mercado, recebo reação semelhante. Muitos não gostam ou não querem ter que lidar com tecnologia. Termos como domínio, IP, mash-ups, APIs e muitos outros povoam os pesadelos de milhares de profissionais do mercado de marketing e comunicação. Quando me deparo com um profissional de comunicação com medo de tecnologia, a primeira coisa que me vem a mente são os modelos mentais. Estes modelos são construídos ao longo de alguns anos, principalmente durante os cursos de graduação e são muito difíceis de derrubar.

Infelizmente para estes profissionais, ou felizmente para os que já estão conectados, o futuro é digital. E não é apenas um futuro restrito aos profissionais de agências digitais e afins. Estamos falando da comunicação e marketing como um todo. As empresas e o mercado em geral estão buscando profissionais cada vez mais conectados e dinâmicos, que saibam lidar com os novos canais e com o novo consumidor, ou consumidor 2.0.

Um excelente exemplo disso é a Best Buy, varejista de eletrônicos americana. Além de ter uma super cadeia de lojas, em todo o território americano, a varejista também é um player poderoso no mundo online. O CMO, ou Chief Marketing Officer, ou Diretor de Marketing, chama-se Barry Judge e é um profissional totalmente conectado. Trabalha muito bem as redes sociais, servindo como canal para ouvir mais o que o seu cliente/prospect tem a dizer, além de oferecer comunidades em seu próprio website, que conta com mais de 1Bi visitantes por ano.
Abaixo, anexo um vídeo onde Judge fala mais sobre o case da Best Buy, mostrando que o elemento digital do marketing deve cada vez fundir-se mais às decisões e coditiano do marketing tradicional. Alguns pontos interessantes falados no vídeo:
  • A Best Buy começou como player focado em custo baixo. Com o tempo, percebeu que tinha que mudar para conseguir competir com players como a Amazon e o Walmart. Começou a estudar as razões por trás da compra e agora trabalha com o conceito de Dream Suppport, ou suporte aos sonhos dos seus clientes.
  • Encorajam todos seus funcionários a utilizar as redes sociais, sem muitas regras ou políticas para regular as atividades online;
  • Com o crescimento do uso dos SmartPhones o feedback das campanhas, em mídias online ou tradicionais, passou a ser muito mais instantâneo.



Aos que ainda não gostam dos termos e dos conceitos de tecnologia que passam a permear as ações de comunicação, recomendo que comecem um trabalho para mudar seus modelos mentais. Ainda há tempo para se adaptar, mas é preciso quebrar alguns paradigmas e abraçar o novo. Afinal, o futuro é digital.